Mais uma história de mulheres de Rosa Montero. Em “História do Rei Transparente” há a história de uma mulher que perante uma guerra e a morte dos seus familiares, faz-se passar por homem para sobreviver. Transforma-se numa letrada guerreira. Na “Filha do Canibal” encontramos uma mulher que perante o misterioso desaparecimento do seu marido embarca numa aventura. Neste livro vamos encontrar uma mulher, também sozinha, que no decorrer de um telefonema ameaçador entra em pânico e inicia um percurso, um percurso pelas memórias da sua vida, da sua dependência da heroína (a branca, a rainha como ela a designa), do abuso do pai, da possessão de um irmão gémeo, da sua decadência, das suas fragilidades, das fragilidades das pessoas visitadas e principalmente um percurso pelos livros e histórias. Estas histórias vão influenciar a percepção que a personagem tem da realidade e até vão ser responsáveis pela sobrevivência desta mulher que vive constantemente perto de um precipício. Esta também é história de uma mulher que luta pela sua liberdade, será, esta também, uma particularidade dos livros de Rosa Montero.
Para mim foi bom ler este livro, quase terapêutico, visto que fui assaltado e ajudou-me a compreender o outro lado, onde também há vitimas. Perceber que somos todos escravos, toxicodependentes. A certa altura a personagem pensa “Cada qual constrói o seu próprio tormento.” – Penso nisto mas não utilizo para fins morais. Outros dos aspectos deste livro é o convite que nos faz a outras leituras: a de Jorge Luís Borges “História Universal da Infâmia” (que tenho em casa e vou já começar a ler) e “A Sangue-frio” de Truman Capote. É bom que um livro nos ligue a outros livros, como um link no hipertexto. É também disto que nós, os 7 Leitores, procuramos, as ligações. Acho eu, que tenho poucas certezas.
Para mim foi bom ler este livro, quase terapêutico, visto que fui assaltado e ajudou-me a compreender o outro lado, onde também há vitimas. Perceber que somos todos escravos, toxicodependentes. A certa altura a personagem pensa “Cada qual constrói o seu próprio tormento.” – Penso nisto mas não utilizo para fins morais. Outros dos aspectos deste livro é o convite que nos faz a outras leituras: a de Jorge Luís Borges “História Universal da Infâmia” (que tenho em casa e vou já começar a ler) e “A Sangue-frio” de Truman Capote. É bom que um livro nos ligue a outros livros, como um link no hipertexto. É também disto que nós, os 7 Leitores, procuramos, as ligações. Acho eu, que tenho poucas certezas.