sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"A Nova Inteligência"


A Nova Inteligência" é um best seller internacional de Daniel H. Pink. Embora pareça um manual ou um livro de auto-ajuda, não o é. Este livro mostra-nos uma mudança cultural que está ocorrer na nossa sociedade contemporânea. A valorização das competência ligadas ao lado direito do cérebro, o responsável pela a emoção, pela criatividade, etc. Daniel acredita que em cada instituição, em cada empresa irá haver, no futuro, um "poeta" de serviço. Só por isso vale a pena devorar este livro. Mas garanto-vos que daqui surge muito mais, coisas surpreendentes.
No Primeiro capitulo ele faz uma abordagem sobre os variados estudos sobre o funcionamento dos dois lados do cérebro, mas de uma forma cativante, contando boas histórias, na verdade sente-se a empatia e a capacidade narrativa deste autor. Sabiam por exemplo que embora o lado esquerdo do cérebro seja responsável pala compreensão de um texto, mas é o lado direito que o contextualiza-o, relaciona-o e percepciona a emoção - o que faz com que quem leia uma obra de literatura e que tenha lesões no lado direito do cérebro, não vai compreender as metáforas, não se vai emocionar nem vai contemplar esse texto literário. Fantástico 2-0 o lado direito está a ganhar. Mas vai ganhar muito mais, sabiam que nas universidades mais conceituadas dos E.U.A. os estudantes de medicina estudam pintura e teatro. Porque será? Não digo, leiam-no. No segundo capitulo Daniel Pink apresenta-nos os Seis Sentidos da era conceptual (que é esta nova era que está a surgir depois de uma era do conhecimento). Os seis são Design, História, Sinfonia, Empatia, Diversão e Sentido. Saio da leitura deste livro com mais certeza que os currículos escolares tem urgentemente que mudar, para nos prepararmos para os desafios desta nova Era. É necessário aulas de teatro, dança, música, artes, riso e conversa em vez de as imensas horas que os nossos alunos passam a decorar o aparelho digestivo, os acontecimentos sociais que estão na base da revolução francesa ou ainda o presente do conjuntivo do verbo ser porque pouco se chega a ser com estes programas de ensino.

5 comentários:

Jorge disse...

Acho interessante. É preciso pensamos um novo mundo a partir de novos modelos, mais pautados numa lógica do homem em sua essência. O tecnocismo, a razão empirista não conseguem resolver novas questões do nosso mundo atual.

Teresa disse...

Confesso que fiquei cheia de vontade de ler o livro.E como concordo consigo em relacção à inutilidade dos contéudos da maioria dos currículos que se leccionam nas nossas escolas.Felizmente,o meu nível de ensino só tem orientações e objectivos,o que permite um currículo completamente livre!
E assim, trabalhar as áreas que realmente interessam para se SER!

13a disse...

Cativante... o reconhecimento das artes no quotidiano, a ganhar força.

Anónimo disse...

Independentemente dos programas de ensino, seria bom que comnpreendêsssemos que essa nova escola só é eficaz no respeito pelo outro.

Numa de Letra disse...

Adorei este livro:

http://numadeletra.com/a-nova-inteligencia-de-daniel-h-pink-73844