quarta-feira, 27 de julho de 2011

Solar


If an alien arrived on earth and saw all this sunlight, he'd be amazed to hear that we think we've got an energy problem. Photovoltaics! I read Einstein on it, I read you. The Conflation is brilliant. And God's greatest gift to us is surely this, that the photon striking a semiconductor releases an electron. The laws of physics are benign, so generous. And get this. There's a guy in the forest in the rain and he's dying of thirst. He has an axe and he starts cutting down the threes to drink the sap. A mouthful in each three. All around him is wasteland, no wildlife, and he knows that thanks to him the forest is disappearing fast. So why doesn't he just open his mouth and drink the rain? Because he's brilliant at chopping down threes, he's always done things this way, and he thinks that people who advocate rain drinking is weird. The rain is our sunlight, Professor Beard.

Solar


Solar é uma ambiciosa novela, cuja maior parte dos críticos qualifica como satírica. Não há dúvida que a história tem momentos hilariantes, porém não há como não pensar na degradação duma mente brilhante, e as decorrentes implicações, como uma tragédia em pequena escala.

A novela aborda uma das grandes questões do nosso tempo, o problema do aquecimento global, por meio das vivências de Michael Beard, recipiente do prémio Nobel de Física, pela descoberta da "conflação". Supostamente, este fenómeno consiste numa subtil configuração electrónica que dá origem a uma emissão de fotões análoga à emissão espontânea e estimulada desvendada por Einstein em artigos de 1916 e 1917, e cuja aplicação tecnológica mais notável é o laser. Naturalmente, estamos no domínio da "física ficcional".

O obeso, calvo e quase sexagenário Michael Beard vive essencialmente dos louros auferidos pela descoberta da conflação e da remuneração que recebe por emprestar o seu nome a instituições científicas de renome e a uma recente iniciativa do governo britânico para responder à questão do aquecimento global através de ideias inovadoras.

Depois do fracasso do seu quinto casamento, Beard vê-se, por força dum bizarro acidente, na posse dum dossiê contendo ideias, esboços e as equações dum projecto de fotossíntese artificial com revolucionárias implicações tecnológicas, que foram desenvolvidas por um jovem pós-doutor (pós-doc) associado ao instituto de inovação britânico. A apropriação das ideias do falecido pós-doc, permite a Beard relançar a sua carreira e protagonizar uma acidentada cruzada para salvar a humanidade do desastre ambiental.

Um livro que demonstra eloquentemente as extraordinárias capacidades literárias de McEwan, autor de obras notáveis como Amsterdam, On the Chesil Beach, Saturday, The Daydreamer, entre outras.

Orfeu B.

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