domingo, 8 de janeiro de 2012
A PALAVRA E A IMAGEM
G. Greene fez este texto para um filme de Orson Welles. No entanto, em vez de um guião quis fazer um romance, ou uma novela, conforme se quiser, para não ficar preso à fórmula mais concisa da escrita guionista.
A verdade é que o texto não será propriamente um romance. O objectivo de se tornar filme faz com que incida muito na acção e na nomeação dos lugares mais do que nop jogo de palavras, emoções ou descrição dos lugares.
O resultado é a rapidez e eficácia como corre a narrativa
Graham Greene trabalhou em várias obras o mundo da espionagem tal como Le Carré. Nesse capítulo da literatura serão dois mestres.
Tudo se passa em Viena nos meses do pós-guerra quando a cidade estava repartida ainda entre Russos, Americanos, Franceses e Ingleses.
Um homem, perdido em Viena onde chega a chamado do seu grande amigo é informado que ele acaba de morrer, atropelado. Depois conclui que ele foi assassinado. Dizem-lhe que o amigo se dedicava ao tráfico de penicilina alterada que vai causando a morte sobretudo de crianças. E depois…
Tudo se passa numa espécie de pesadelo numa Viena meia destruída, onde as polícias das 4 potências se entendem mal e onde o mercado negro fervilhe e os negócios mais ou menos obscuros se multiplicam.
Depois do livro apetece ver o filme. E acredito que esta seja a ordem correcta. É raro o filme que consiga conter a alma de um livro. A relação entre imagem e palavra nem sempre é pacífica. É mais fácil um filme feito a partir de um romance medíocre do que de um grande romance. Há muito de um romance que difícil e raramente cabe na sua adaptação cinematográfica.
No entanto, esta novela foi escrita para cinema. Por isso, vou à procura do filme já que, ainda por cima, o realizador é o grande Orson Welles
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