sábado, 8 de março de 2014

BIBLIOTECA DE BABEL - LEOPOLDO LUGONES


A Biblioteca de Babel (no original, La biblioteca de Babel) é um conto de Jorge Luis Borges, inserido no livro Ficções ,e fala de uma biblioteca infindável, onde est+á guardada unma infinidade de livros.

O narrador, um dos muitos bibliotecários, supõe que os volumes da biblioteca contêm todas as possibilidades da realidade. Alguns não fazem o menor sentido, ou se fazem é numa língua há muito desconhecida. Outros são meras repetições de uma mesma palavra. Busca-se incessantemente alguém que saiba decifrar as mensagens contidas nos misteriosos volumes e que seria o correspondente a um Deus.

Entre as várias interpretações possíveis do conto de Jorge Luis Borges, uma afirma tratar-se de uma metáfora em que mundo e literatura se confundem. Apollinairee

Ler um texto é tentar decifrá-lo, mas se considerarmos que o próprio mundo está impregnado de linguagem, a própria realidade pode ser considerada como uma grande biblioteca cheia de textos à espera de quem os decifre.

A Biblioteca de Babel pode ser entendida como uma metáfora para a Sociedade da Informação.

Borges, entretantdo, dirigiu uma famosa colecção intitulada "A Biblioteca de Babel" onde publicou uma série de textos e contos fantásticos de autores diversos como Edgar Alan Poe, Papini, Stevenson, Apollinaire, Melville, Chesterton, etc, etc.

Essa colecção já começou a ser editada por duas vezes em português. A primeira pela Vega. A segunda pela Presença

O primeiro dos livros a ser publicado pela Vega foi "Os cavalos de Abdera" de leopoldo Lugones. Há anos que andava por aí à espera que eu lhe pegasse. E zás! Finalmente lá foi. E ainda bem. Como quase todos os textos desta colecção é uma delícia.




Segundo Borges, cada geração de grandes escritores ressuscita a sua própriua genealogia.

Os autores desta colecção são justamente o exemplo disto. Com eles vai Borges construindo a sua genealogia, a sua família de escritors, alguns dos quais menos conhecidos, todos eles movendo a sua escrita no campo do fantástico, do estranho, daquilo a que eventualmente dessa literatura pura que se situa no espaço do espanto, do arrepio, do deslumbre.

Leopoldo Lugones (1874-1938, argentino, pertence a essa família de escritores. A seu espaço é o de uma escrita barroca, de uma beleza inquietante, de um excesso que nos envolve e conduz como se nos atirasse para um precipício sem fundo para onde nos acabamos por nos deixar conduzir fascinados. E se de início as suas histórias são estranhas, ficamos rapidamente presos a esse excesso de linguagem que se espraia num delírio alucinante e envolvente que nos deixa um sabor amargo na boca quando, de súbito, o autor decide terminar a sua histórtia.

Lugones traz-nos literatura para mastigar. Fala de Sodoma e de acontecimentos assustadores, terríveis, apolípticos como a revolta dos cavalos de Abdera, ou conduz-nos de espanmto em espanto fazendo-nos tocar o indízível, o inacreditável, a insuportável maravilha do ledo negro e fantástiuco da realidade.

E depois, a tradução e o prólogo de de Luís Alves da Costa são simplesmente impecáveis.

Caros amigos, não hesitem. Na slivrarias não encontram mas nos alfarrabistas deve ser fácil.

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