Os critérios pelos quais a crítica analisa a obra literária têm mudado ao longo dos últimos anos. Segundo o escritor argentino Oliverio Coelho (em número recente da “Babélia”, suplemento cultural de “El País”), uma obra já não é valorizada por si própria. A qualidade literária, o estilo, a dinâmica interna do texto já não são as categorias principais para a sua apreciação – e consequente valorização. Procuram-se, sim, outros “marcadores” que garantam a sua modernidade. Modernidade que se poderá expressar tanto pela sua “linguagem mediática”, como pela utilização de textos híbridos. Se assim acontecer, a obra e o autor serão alcandorados a uma categoria altamente valorizada, a de “nova geração”.
Estamos, pois, perante um fenómeno de mediatização da obra literária, analisada segundo critérios que lhe são extrínsecos, ficando o crítico relegado para um papel de curador de obras literárias, em tudo semelhante ao do curador de obras de arte. E, como curador que é, tem como função “cuidar” da circulação pública da obra – e tudo o que é essencial ao texto ficará irremediavelmente oculto…
2 comentários:
Interessante essa ideia, uma perspectiva nova que já estava a germinar por ai, um pouco o que o Fanha já apresentou aqui.
Desculpe estar a incomodar outra vez, mas relembro que o senhor esteve na minha escola.
Sabe, sou aquele rapaz que perguntou coisas sobre si e sobre o Zeca Afonso.....
Sou da Escola Adães Bermudes da Guarda, e gosto muito de ler os seus livros.
O meu preferido: O dia em que a mata ardeu
Não sei se conhece o escritor Carlos Corereia, do CITI, eu sou muito amigo dele...
Tenho o Livro a Locomotiva Tchafff com uma dedicatória e todos os seus livros...
Vá ao site:e-livros.clube-de-leituras.pt
Obrigado por me ouvir
Pode também ir ao meu blogue:www.vida-miudo.blogspot.com
Tenho dez anos espero que não apanhe seca ao ler o meu blogue!!!!
Eu não apanhei seca a ler o seu, apesar de os textos serem muito extensos....Trabalho de um escritor...
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