domingo, 11 de agosto de 2013

"Todos estamos sozinhos, debaixo dos céus, com aquilo que amamos." Truman Capote



A Casa Assombrada.
Virgínia Wolf


Volto aos contos. Por um acaso. Peguei no livro segui a indicação da contracapa e acabei embrenhada na leitura em passo certo.
Há autores, livros e escrita, que nos levam para as salas onde nos sentamos respirando como se habitássemos por momentos aquele tempo, aquele mundo. Livros que são chave de entrada a um lugar onde podemos ser outros e por isso felizes nessa evasão.
Virgínia Wolf executa nestes contos uma orquestra de sons que termina no tempo certo. É eficaz. Não nos deixa lamentar o fim do conto. Coloca dentro de nós a emoção abrupta e duradoura, revivendo aquele momento avassalador, como se nosso fora.
Destaco dois contos.
“O legado”, um conto extraordinário sobre as relações amorosas, as que se constroem as que se dasatentam, as que se encontram, se aceitam ou recusam. A traição na descoberta de uma fatal fidelidade. A suprema entrega ao amor na sua mais fatal recusa.

“Lapin e Lapinova” onde vemos o percurso de um jovem casal que descobre uma curiosa fantasia que lhe abre um mundo próprio e protegido de tudo os que os rodeia. E vivendo essa fantasia, uma forma algo pueril mas partilhada encontram uma forma de serem cumplices e felizes. 
Quanto dura a felicidade? Um conto breve, um romance longo, uma vida?

Virginia wolf, sempre.

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