sábado, 27 de setembro de 2008

O processo criativo

Peço desculpa pela minha pouca participação no blogue neste mês de Setembro, mas nós os insectos somos formigas nesta altura do ano, depois de termos sido cigarras noutras épocas. O inverno esta a chegar e temos que recolher alimento. Como ainda sou novo nestas andanças não me habituei a este choque térmico do final do verão. Melhores meses virão, meses de muitas leituras.






Acho de uma generosidade o criador que nos fala do seu processo criativo. Quando faz isso apresenta-se nu. Esta atitude é louvável e pedagógica. Estimula a criatividade e desmistifica o artista. Coloca-se ao nosso lado, numa situação de igualdade fraterna. Mas também empurra-nos para este abismo que é criar.

Rosa Montero e a "Louca da Casa", mostra-nos como esse bicho que é a imaginação se mexe na nossa cabeça, na cabeça de muitos autores. Além de mais é um livro que nos dá referências e convida o leitor a ler. Rosa Montero é divertida e conta-nos muitas histórias da sua vida, algumas contrariam-se, o que nos leva a querer que é "A Louca da Casa" em acção e que essa realidade só existiu na cabeça de Rosa Montero.



Gianni Rodari fez a sua "Gramática da Fantasia" onde nos convida a incentivar as crianças para a escrita, jogos e abordagens que podemos fazer para despertarmos "A Louca da Casa".





António Tàpies em "A Prática da Arte" pensa muito sobre o processo criativo, ele racionaliza todo um processo e método artístico muito próprio. Aqui a "Louca da Casa" anda muito atenta, sente esse despertar da terra, esse movimento das pessoas na cidade.






Bruno Munari em quase todos os seus livros mostra como pode ser estimulante uma observação da natureza das coisas, este designer funcionalista no livro "Das Coisas Nascem Coisas" convida à simplicidade dos objectos, introduz novas áreas de abordagem do design que ainda hoje é importante, embora o livro tenha sido escrito em 1981.



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