Max Aub escreve nestes Crimes Exemplares confissões de quem cometeu actos brutais, de quem acabou com a vida de outro. Mas em todos há uma justificação, um porquê. O autor amansa a nossa repugnância através de um sentido de humor particular, através de uma curta narrativa de contextualização desses crimes, às vezes tão curta como um instantâneo, uma fotografia que nos faz imaginar o resto dos actos (e nós os leitores exigimos espaço de criatividade, espaço de especulação). Tão curtos como “Para dizer a verdade, ninguém suportava a minha irmã.” ou “Matei-a porque me doía o estômago.”.
Mas as histórias são muitas, além destas confissões temos os “Outros Crimes Mexicanos” e “Dois Crimes Barrocos”. Em todos o autor nos surpreende pela simplicidade, pela astúcia, pela a forma como nos apresenta o assassino e nos faz rir.
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