Porque não tenho palavras para descrever esta prosa tão intensa de Jorge Luís Borges atiro para aqui pequenos excertos para verem como é bom ler esta "História Universal da Infâmia".
"A partir de 1899 Eastman não era só famoso. Era chefe eleitoral de uma zona importante, e cobrava fortes subsídios das casas de lampeão vermelho, das casas de jogo, das prostitutas das ruas e dos ladrões deste sórdido feudo. As associações consultavam-no para organizar mal-feitorias e os particulares também. Eis os seus honorários: 15 dólares por uma orelha arrancada, 19 por uma perna partida, 25 por uma bala numa perna, 25 por uma punhalada, 100 pelo negócio completo. Às vezes, para não perder o costume, Eastman executava pessoalmente uma encomenda." Pág. 49/50
" Em 25 de Dezembro de 1920 o corpo de Monk Eastman amanheceu numa das suas centrais de Nova Iorque. Recebera cinco balas. Desconhecedor feliz da morte, um gato ordinário rondava-o com certa perplexidade." Pág. 54
"Este é o final da história dos quarenta e sete homens leais - mas que não tem final, porque os outros homens, que não somos leais talvez, mas que nunca perderemos de todo a esperança de o ser, continuamos a honrá-los com palavras." Pág. 70
"A partir de 1899 Eastman não era só famoso. Era chefe eleitoral de uma zona importante, e cobrava fortes subsídios das casas de lampeão vermelho, das casas de jogo, das prostitutas das ruas e dos ladrões deste sórdido feudo. As associações consultavam-no para organizar mal-feitorias e os particulares também. Eis os seus honorários: 15 dólares por uma orelha arrancada, 19 por uma perna partida, 25 por uma bala numa perna, 25 por uma punhalada, 100 pelo negócio completo. Às vezes, para não perder o costume, Eastman executava pessoalmente uma encomenda." Pág. 49/50
" Em 25 de Dezembro de 1920 o corpo de Monk Eastman amanheceu numa das suas centrais de Nova Iorque. Recebera cinco balas. Desconhecedor feliz da morte, um gato ordinário rondava-o com certa perplexidade." Pág. 54
"Este é o final da história dos quarenta e sete homens leais - mas que não tem final, porque os outros homens, que não somos leais talvez, mas que nunca perderemos de todo a esperança de o ser, continuamos a honrá-los com palavras." Pág. 70
Sem comentários:
Enviar um comentário