Amélie Nothomb
ALBERTO MANGUEL NA ENCRUZILHADA DA LEITURA COM A LITERATURA
Alberto Manguel, o autor de "Uma História da Leitura", obra premiada em França, em 1998, deu uma entrevista ao "Figaro Litéraire", na qual fala da sua paixão, da sua obsessão pela leitura. Começa por dizer que não pode impedir-se de ler, pois é algo mais forte do que ele. E, em abono do bem fundado dessa obsessão, cita Cervantes, que, no primeiro capítulo de D. Quixote, fala da sua compulsão pela leitura, que o leva a ler os bocadinhos de papel que encontra na rua.À pergunta do entrevistador sobre os seus gostos literários, diz que tanto pode encontrar prazer num conto policial como numa obra de filosofia. Acrescenta, ainda, que não consegue estabelecer qualquer distinção entre leitura e literatura. Para ele, tudo o que lhe dá prazer ler é... literatura! E o que lhe dá mais prazer é uma boa história, uma história cujo enredo seja susceptível de despertar o seu interesse. Por isso, verbera os autores do "nouveau roman", que privilegiam a desmontagem do texto em detrimento da própria história. Ou, como ele diz, valorizam a "ferramenta" do romance e não o romance. Considera, no entanto, que esse período chegou ao seu termo, pois autores recentes (refere-se ao universo da literatura francesa) vêm-se centrando na escritura de textos que valorizam, de cada vez mais, as estruturas romanescas. E, entre eles, aponta e valoriza Amélie Nothomb.
2 comentários:
Ainda não li nada de Amélie Nothomb. A Asa editou 3 ou 4 títulos (se não me falha a memória). Numa entrevista ela afirma que "A literatura será sempre uma explicação parcial, mas é de fato um domínio onde é possível explicar uma parte do inexplicável de si". É mais uma escritora para a lista...
A minha 1ª visita a este colectivo.
Gostei de estar aqui.
Cumprimentos
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